quarta-feira, 14 de outubro de 2009

"Miúdos" do Dragão têm 97% de aproveitamento

tra notícia retirada do jornal O Jogo. O trabalho do Departamento Pedagógico do FC Porto conta com dois psicólogos, um técnico de serviço social e uma técnica de ciências da educação e visa essencialmente o bem estar social, familiar e académico. Estes factores vão influenciar a performance desportiva. Cada vez mais se dá conta de que um bom aluno tem mais estratégias para lidar com os apectos mentais inerentes à competição. O FC Porto sabe disso...
Aqui vai:

Longe vão os tempos em que a habilidade com a bola nos pés era condição mais do que suficiente para um jovem pousar os livros na prateleira à espera de melhor oportunidade e optar por uma carreira nos relvados, ainda que incerta. Na verdade, no FC Porto esses tempos já nem sequer existem. Simplesmente, "não há futebol sem estudos", frisa Ângelo Santos, director do Departamento Pedagógico, sediado na Casa do Dragão, instituição que alberga cerca de 47 jovens da formação, proporcionando-lhes condições especiais de estudo com base em parcerias com duas escolas da cidade. Por outras palavras, um jogador pode ser muito bom e promissor, mas se não estudar ou não estiver disposto a isso, também não pode jogar futebol no clube. "Quem está na formação, tem de estar na escola", alerta.

A medida nada tem de radical. "Antes, lutava-se para que os jogadores fossem à escola; agora a luta é para ver quem tira as melhores notas". Tudo isto num processo de responsabilização e consciência próprias que foi ganhando raízes ao longo dos últimos anos. Os resultados são esclarecedores. "Temos 97% de aproveitamento e constatamos que quem não tem aproveitamento escolar, também não é o melhor dentro do campo". Para Ângelo Santos, a aposta do FC Porto na conciliação do futebol com os estudos tem outra vantagem: convencer os pais a libertarem os filhos e a deixarem-nos sair de casa cedo para ingressarem no FC Porto. "Muitas vezes me dizem: ainda bem que o meu filho veio para o FC Porto, porque sei que aqui não se facilita na educação". Outro exemplo: Gray, um avançado sueco de 16 anos que era pretendido por um grande clube inglês, preferiu o FC Porto precisamente devido à aposta nos estudos. O caminho nem sempre é seguido pela maioria dos emblemas.


A Casa do Dragão, a mesma em que Pauleta ficou quando tentava a sorte nas camadas jovens portistas, acolhe várias nacionalidades. Há jogadores de Angola, Guiné, Brasil, Espanha, Suécia, Senegal, Turquia, República Checa, Estados Unidos e Eslováquia, para além de vários portugueses (a maioria, de resto). Segundo Ângelo Santos, todos "aprendem rapidamente" a língua portuguesa e até há quem se afirme como líder. É o caso de Abdoulaye, o gigante central senegalês da equipa de Sub-19. Sociável e responsável, é visto como um exemplo por todos os jovens que moram na Casa do Dragão. Aliás, Jesualdo Ferreira já o chamou por diversas vezes. Para estes jovens, as chamadas aos treinos da equipa principal são como viagens ao futuro no FC Porto. Com boas notas na escola, claro.

In O Jogo, em:

Cumprimentos,

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Workshop: "Psicologia e Pedagogia no Desporto"

Venho por este meio anunciar a intenção de organizar um Workshop subordinado ao tema: "Psicologia e Pedagogia no Desporto".

E para fugir à "vulgaridade" de convidar prelectores, sugiro que sejam estes a "convidarem-se". Não é necessário possuir CAP. Pretendo unicamente que os interessados proponham um tema que gostassem de abordar por, sensivelmente 40 minutos (com mais 20 minutos de debate).

Nesta fase pretendo saber se há alguém interessado em participar (tanto como orador ou como participante). O evento decorrerá na cidade do Porto, em local e data a definir.

Aguardo contacto para: psico.desporto@gmail.com

Cumprimentos,

Sidónio Serpa: "Autoconfiança após vitória sobre a Hungria pode ter efeito positivo na Selecção"

Outra notícia interessante, deste conceituado Psicólogo do Desporto, Sidónio Serpa, desta vez acerca da elecção das Quinas:

A autoconfiança decorrente do bom resultado de Portugal com a Hungria (3-0) pode ter um efeito positivo na selecção portuguesa de futebol, considera o presidente da Sociedade Portuguesa de Psicologia Desportiva, Sidónio Serpa.


Aquele professor da Faculdade de Motricidade Humana afirmou à Lusa que o bom resultado de sábado, conjugado com o facto de o próximo jogo de apuramento para o Mundial2010 ser decisivo mas com uma equipa (Malta) teoricamente mais fraca, pode gerar um nível de ansiedade equilibrado e favorável ao bom desempenho.

Sidónio Serpa salientou que a apreciação que pode fazer "é no abstracto" porque não conhece os processos internos da selecção portuguesa, a realidade da equipa, as características pessoais dos jogadores e os líderes da equipa, que podem ajudar a gerir as emoções.

Aquele professor universitário, que é secretário-geral da International Society of Sport Psychology (ISSP), salientou que tanto a ansiedade demasiado elevada como a demasiado baixa podem ter consequências negativas no desempenho humano.

Em qualquer situação desportiva, a ansiedade muito elevada leva a problemas de concentração, de controlo motor e no processo de tomada de decisão, que podem afectar o desempenho, sublinhou.

Salientou que, pelo contrário, na ausência de ansiedade a pessoa não vive o estado de alerta emocional e de atenção necessários para reagir convenientemente aos problemas que tem de resolver.

Sidónio Serpa salientou que pode haver um aumento da ansiedade decorrente da obrigação de ganhar um jogo, mas o bom resultado da selecção nacional na partida de sábado, "em que as coisas correram muito bem", pode ter um efeito positivo por aumento da autoconfiança. "A ansiedade tende a ser menor quando a autoconfiança é maior", observou.

"Em jogos anteriores os jogadores [da selecção portuguesa] jogaram bem mas faltaram golos, o que aumenta a ansiedade, mas ontem [sábado] jogaram bem e isso pode ter um efeito favorável na autoconfiança da equipa, o que vai baixar o estado de ansiedade da equipa para um nível que pode ser favorável", precisou.

Sidónio Serpa salientou que o próximo jogo da selecção nacional é "teoricamente fácil, com uma equipa bastante mais fraca do que a portuguesa, o que pode colocar a ansiedade num nível demasiado baixo e dificultar a reacção aos problemas que surjam no jogo".

"Aqui há um aspecto que pode jogar favoravelmente, que é ser um jogo de vida ou de morte, o que aumenta o nível de ansiedade, que tende a ser muito baixo", acrescentou.

"Ainda que o jogo fácil possa levar [os jogadores] a entrar demasiado descontraídos, o facto de ser decisivo aumenta a ansiedade", enquanto "o risco de, por ser um jogo tão importante, trazer uma ansiedade tão elevada que prejudique o desempenho, é moderado" pelo aumento da autoconfiança após o último jogo, precisou.

Para aquele especialista em psicologia desportiva, até quarta-feira as emoções gerem-se transmitindo a ideia de que o jogo é muito importante mas utilizando o reforço da autoconfiança obtido com o resultado de sábado e, dentro da equipa, estando atento às diferentes características dos diversos jogadores.

Os mais experientes podem ter uma influência emocional positiva e deve ser dada particular atenção aos menos experientes ou emocionalmente menos estáveis, caso haja, indicou.

In O Jogo, em
 
Cumprimentos,

domingo, 11 de outubro de 2009

Jorge Jesus abdicou da ajuda do psicólogo na equipa principal

Interessante esta notícia do DN de 09.10.2009:

Jorge Jesus abdicou do apoio do psicólogo Pedro Almeida aos jogadores da equipa principal do Benfica. Foi assim interrompida uma ligação que durava desde 1994, altura em que aquele clínico chegou ao clube, tendo fundado o gabinete de psicologia desportiva.

Pedro Almeida continua, no entanto, a exercer funções, mas apenas no departamento de formação, acompanhando de perto os jovens futebolistas. Este psicólogo tem sido um elemento de apoio a todos os treinadores que passaram pela Luz, tendo mesmo tido um papel muito importante no apoio ao plantel quando o húngaro Miklós Fehér faleceu em Janeiro de 2004. "Na época passada ele trabalhava pontualmente connosco, mas não em permanência. Sei, por exemplo, que falava com alguns jogadores, mas sempre houve respeito pelo trabalho dele. Nem sabíamos quais os atletas com quem ele falava mais", contou ao nosso jornal Fran Escribá, treinador adjunto de Quique Flores na Luz na época transacta.

Sabe o DN que um dos jogadores que maior acompanhamento teve nos últimos anos foi o jovem central David Luiz. Esta época, o brasileiro tem estado em destaque pelas excelentes exibições, mas também pelos erros que ditaram os quatro golos sofridos pelos encarnados nas sete jornadas já disputadas na Liga portuguesa. Fontes contactadas admitem que estes erros pontuais podem estar relacionados com a falta de acompanhamento prestado ao defesa. "Por vezes ele arrisca em demasia, mais do que o normal para um defesa, mas isso é algo que se pode corrigir", disse a mesma fonte ao DN.

Jorge Silvério, mestre em Psicologia do Desporto, garante que os atletas beneficiam se for feito um acompanhamento para "trabalhar o controlo emocional" durante um jogo e no caso de David Luiz diz mesmo que tem notado evolução no seu comportamento desde que chegou a Portugal. "Esta época ele está bem melhor que no ano passado, provavelmente está a saber aplicar um conjunto de técnicas que lhe foram transmitidas pelo doutor Paulo Almeida", adiantou em conversa com o DN, acrescentando que esse facto irá fazer com que "diminua a possibilidade de cometer erros", embora avise que "é impossível" eliminar as falhas.

No caso do defesa do Benfica, bem como noutros casos, o recurso à psicologia não quer dizer que haja um problema. É essa a opinião de Jorge Silvério, que considera ser esta "uma forma de de-senvolver o controlo da mente" em situações complicadas durante a competição.


Cumprimentos,

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Uma reflexão sobre o Desporto Universitário

Este post não fala de Psicologia em Desporto, é apenas um pensamento!

Grande parte da minha vida (desde dos 10, sensivelmente) teve ligada ao desporto. Como desportista, primeiramente como jogador de futebol e, mais tarde, como jogador de futsal.
Outra parte da minha vida, mais académica e profissional, está ligada ao desporto, mas agora também através da psicologia.
Durante os anos de faculdade foi-me aberta a porta do futsal a nível universitário.
O Desporto Universitário nasceu quase da necessidade de ocupação de tempos livres e lazer. A competição foi aumentando e a prova foi perdendo o interesse de base! Hoje um UTAD vs. AACoimbra (universitário) é igual a um jogo da 1ª divisão nacional de futsal. Um jogo UFP vs. ISMAI não era apenas um jogo de alunos... era também um jogo de instituições.

A pré-época começava com 28 jogadores, a época arrancava com 15 e terminava com 4 - isto nos 2 primeiros anos... quando tinhamos uma equipa formada por alunos-jogadores e por jogadores-alunos. Óptimos resultados! Péssimo ambiente! Nos 2 últimos anos tinhamos uma equipa formada somente por alunos-jogadores. Péssimos resultados! Ambente agradável!
Ora, treinavamos 5 horas por semana e, quando havia jogo (normalmente à 5ª feira), treinavamos 3 (mais as 2 do jogo). Até aqui tudo bem! A Universidade proporcionava-nos momentos de lazer aliados à prática desportiva de competição.
Nem interessa que tipo de jogador eu era... mas deu-me muito mais prazer jogar nos últimos 2 anos que nos primeiros 2! Mesmo havendo apenas 10 jogos oficiais por ano (alguns com 2 meses de intervalo), organizados pela FADU! Acontece que as coisas confundiram-se com o passar do tempo...

Posto isto e, porque passei por duas experiências opostas, defendo que o desporto universitário deveria ser apenas para alunos-jogadores (salvo poucas excepções) que dão prioridade aos estudos e não jogadores-alunos, que jogam em equipas (muitas delas de elite) e não precisam do desporto universitário para nada (muito menos para satisfação desportiva).

É motivo para dizer "devolvam o desporto universitário a quem vai ás aulas..."

Bem hajam,

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Para atletas... treinadores... árbitros...

O PSICO.Desporto é um local de trocas de experiências. Se considera ter uma experiência que queira partilhar, envie-nos via email para: psico.desporto@gmail.com

O papel do psicólogo do desporto passa por aconselhar, orientar, fornecer estratégias para tomadas de decisões cruciais... entre muitas outras coisas. Se desejar marcar uma sessão, sem compromisso, entre em contacto, não hesite!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PSICO.Desporto com novas formas...

Caros acompanhantes deste blog,


O PSICO.Desporto vai ter uma nova vida.

Novos temas, novos posts, novo visual...
 
Se tiver algo para apresentar, sugira. Qualquer sugestão será analisada!
 
psico.desporto@gmail.com
 
Cumprimentos,

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Jogadores emprestados...

Assisti com alguma atenção a esta jornada (5ª) dos campeonatos profissionais de futebol do nosso país. Neste sentido dei por uma situação curiosa: 5 das 32 equipas ganharam e apenas uma perdeu os seus jogos com golos de jogadores que são ou passaram recentemente pelo FC Porto:
- Liga Vitalis: Josué (Covilhã, 3 pontos) e Rui Pedro (Gil Vicente, 3 pontos);
- Liga Sagres: Alan (SC Braga, 3 pontos), Kazmierczak (Setúbal, 3 pontos), Edgar (Nacional, 2 golos, 3 pontos), Raviola e Castro (Olhanense, 0 pontos).
Atrevo-me a dizer que é um luxo de uma equipa, salvo uma ou outra excepção (esta salgalhada de jogadores)... para confirmar no futuro!
É este o passo certo a dar com os jovens? Ou fazem parte do plantel da equipa principal e raramente jogam?
Cumprimentos,

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Da formação à alta competição - a influência de factores mentais no rendimento dos jogadores e da equipa"

Divulgação de evento:
Curso de Psicologia do Desporto: "Da formação à alta competição - a influência de factores mentais no rendimento dos jogadores e da equipa", nos próximos dias 12 e 19 de Outubro de 2009, das 21:00 às 23:00 com o Psicologo Dany Amorim.

Com os melhores cumprimentos,

A coordenadora clínica,

Ana Rita Mota
___________________________
Psicofeira
Av. 5 Outubro, Loja 16-C
4520-162 Santa Maria da Feira
256 098 457 - 91 986 58 59
psicofeira@mail.com
www.psicofeira.pt.vu

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Apatia vs. Vontade

Esta madrugada (hora portuguesa) terminou a Final Masculina do US Open - o Super Federer contra o novo Del Potro.
A história de jogo foi, a meu ver, um pouco aquilo que me ia passando pela cabeça... "Federer acabará por dar a volta". Set após set o pensamento permanecia intacto. Depois do 2º Tie-break comecei a olhar com mais atenção e pensei "não está fácil, facilitaste..."
Pelo meio de uma enorme classe desconcentrada rasgou um enorme vontade (quase animal) de alguém que, depois de se ter sentido subjogado no primeiro set, acabou por reduzir o adversário à priori mais poderoso ao mais pálido derrotado-conformado.
Acho que o que ia passando pela cabeça do Suiço era este meu pensamento... "o miudo vai acabar por vacilar...". O público argentino acabou por ser um musculo extra, sem dúvida. Mas quem perdeu o jogo um campeão que se deixou derrotar pela apatia - optou por esperar pelo erro do outro.
O meu conhecimento em tenis é quase nulo. Mas o comportamento humano é igual em qualquer desporto. O não-verbal do Federer fazia antever o final, quando ainda faltava hora e meia de jogo! O comportamento com o árbitro e com o público foi o desmoronar da concentração imperial nestes eventos. Páginas tantas não havia força mental para dar a volta.

Parabéns ao enorme Del Potro ávido de vitórias e de sucessos! Acho que foi uma enorme prova de que não foi pela classe técnica ou pela força de braços que o jogo se decidiu! Ganhou pela força mental que fez Federer perder.

Parabéns equipa técnica Argentina!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Frase do dia

Esta frase foi dita por uma pessoa que trabalha comigo, numa daquelas reuniões...

"Quem só de futebol sabe pouco sabe de futebol"

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Joaquim Gomes retém "memórias fantásticas" de uma "vitória inesquecível" 20 anos depois!

Hoje li um artigo curioso no Jornal "O Jogo":
Joaquim Gomes retém "memórias fantásticas" de uma "vitória inesquecível" 20 anos depois. Agora no papel de director, Joaquim Gomes, comemora quarta-feira 20 anos do seu primeiro e "inesquecível" triunfo na Volta a Portugal em bicicleta, cujas emoções continuam a ser "inexplicáveis".

"No momento em que sentimos que ganhámos, naquele instante, naqueles escassos instantes em que sentimos que chegámos à vitória, é algo que não vos posso explicar. Foram poucos os eleitos que puderam passar por estes momentos", disse à Agência Lusa o antigo corredor, que depois da vitória em 1989, ao serviço da Sicasal-Torreense, repetiu o feito em 1993, pela Recer-Boavista.

Segundo o próprio, o "grande apoio psicológico" prestado pelos directores desportivos, mecânicos e massagistas, "muitas vezes sem qualquer formação ao nível da psicologia", foi a chave para o sucesso.

"Ainda que eu sentisse que era o mais forte, estava a ser difícil para mim acreditar. A poucas horas da decisão final no contra-relógio, a ligar a cidade de Matosinhos ao Porto, havia alguma duvida se poderia vencer ou não. E é muitas vezes essa dúvida, esse receio, que conduz a derrotas fulminantes. Felizmente, ultrapassei isso, mas foram horas muito difíceis para mim", explicou antigo corredor lisboeta, recordando, 20 anos depois, o dia 12 de Agosto de 1989, que o "corou" pela primeira vez "rei" da "Portuguesa".

Reconhecendo-o como o "melhor momento" da sua carreira, o actual director da Volta a Portugal recorda as "memórias fantásticas", mas assume a dificuldade em expressar as sensações vividas: "Há um manancial de emoções que se vivem que não são passíveis de ser traduzidas em palavras".

"O ciclismo é uma modalidade demasiado exigente, muitas vezes não é uma modalidade desportiva, é uma prova de sobrevivência. Correr uma Volta com 21 dias, muitas vezes com mais de 40 graus de temperatura, em que tínhamos, pelo menos, três ou quatro chegadas em montanha e um percurso muito adverso, chegar à finalmente a uma vitória, em que, se calhar, já não se estava a acreditar, é completamente inexplicável", referiu.

Na altura, apesar do favoritismo, Joaquim Gomes receava ser novamente traído pela sorte.
"Quando um miúdo de 23 anos, que, tendo mostrado categoria para ganhar a Volta mais cedo e, a partir de determinada altura, acredita que havia de acontecer sempre qualquer coisa, como as famosas quedas na Serra da Estrela, que o impediam de ganhar a Volta, finalmente consegue atingir esse objectivo, é algo que se torna inesquecível e que vai alimentar a nossa imaginação para o resto da vida", acrescentou Joaquim Gomes, relembrando a "discussão ao segundo" com o brasileiro Cássio Freitas, que arrastou "milhares e milhares de pessoas para as estradas".

Contrasta com esta recordação a desistência na Volta a Portugal de 1995, que o antigo corredor elege como "o pior momento" da carreira, quando "era claramente o homem mais forte em prova".

"Mas, por via de um estúpido acidente durante a prova, acabei por escancarar as portas da vitória ao Orlando Rodrigues, que na altura representava a equipa espanhola da Artiach e acabou por se revelar um justíssimo vencedor", sublinhou o antigo corredor, reconhecendo ter marcado "várias gerações de corredores", durante as 18 Voltas a Portugal em que alinhou em 17 anos como profissional.

Terminada a carreira, Joaquim Gomes assumiu o desafio de dirigir a maior prova do calendário velocipédico nacional, realçando a sua própria evolução no desempenho da tarefa.
"Essa já é uma experiência de sete anos em que, incrivelmente, estou a passar por todos os sentimentos que passei, que é a altura em que sabemos que somos bons, mas psicologicamente ainda não temos bagagem, ainda que o possamos disfarçar muito bem, para enfrentar em pleno os grandes eventos. Como responsável da Volta a Portugal, passei um pouco por isso e penso que estou a entrar na fase de enfrentar os problemas com alguma frieza, que talvez não tivesse nos primeiros anos. Felizmente, as circunstâncias não me foram adversas e posso concluir que estou mais bem preparado do que nunca", frisou.

Cobiçando a "popularidade" de "outrora", o director da Volta a Portugal reconhece o "esforço enorme" nesse sentido, mas exorta à ambição.
"Há um esforço enorme para que a popularidade de outrora seja recuperada. Penso que isso está a ser conseguido, fruto, principalmente, da luta contra o doping. Mas há uma consciência global de que é preciso traçar estratégias e ser um pouco visionário. Não podemos continuar a viver à sombra dos mais de 100 anos de história que tem o ciclismo, de grandes eventos como o Tour, como a Vuelta, o Giro e a própria Volta a Portugal", concluiu.

In "O Jogo", 12.08.2009
Bem hajam e, ou boas férias ou bom trabalho!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

No percurso para a Alta Competição

No desporto em geral deparo-me com uma situação à qual gostava de ter uma resposta exacta: a influência da vida académica dos jovens no percurso para a Alta Competição.
Vejamos isto à luz da minha realidade, o futebol. Desta forma vou caracterizar a população à qual me refiro:
Neste percurso as escolhas que estes jovens fizeram centram-se num único objectivo, que potencia as suas atitudes, os seus desejos e as suas preocupações, o jogar futebol. Mas este objectivo pode assemelhar-se ao de qualquer pessoa que goste de jogar futebol e que sempre que pode sai de casa e vai jogar com os amigos. Porém, no caso destes jogadores, a diferença está no facto de se encontrarem já dentro do mundo mediático do futebol, embora se encontrem ainda num percurso para a profissionalização. Para Cruz (1996), quando estes pertencem a uma equipa com visibilidade competitiva internacional esta circunstância inflama as suas expectativas. Desta forma, estes jovens jogadores vivem intensamente a possibilidade de progredirem e de poderem dar continuidade ao seu sonho.
A dedicação quase total que o treino e a competição exigem, pode ser “castradora” de outros desejos ou intenções, nomeadamente do avanço nos estudos e do alcance de um nível escolar superior (Brito, 2007).
Nem vou falar da importância do desenvolvimento cognitivo que proporciona o andar na escola... andar na escola é também conviver. Socializar é trocar sentimentos e emoções, estados anímicos associados ao conflito (Jares, 2002), no sentido da uniformização de sensibilidades semelhantes ao nível da atitude, opiniões, interesses, de traços de personalidade, de competências cognitivas e socioemocionais. Desta forma propicia-se a formação de um grupo de pertença, devido ao envolvimento emocional e cognitivo dos indivíduos e às consequentes expressões comportamentais desse envolvimento. Logo, é impossível analisar a personalidade (assim como o desenvolvimento desta) de um sujeito sem atendermos ao comportamento do grupo, que é tanto função dos sujeitos quanto a situação social (Vala & Monteiro, 2002).
O ser humano vive em constante desenvolvimento, definido pelas alterações que ocorrem com o tempo no pensamento, comportamento, raciocínio e funcionamento de uma pessoa, devido a influências biológicas, individuais e ambientais. Em todos os estádios de desenvolvimento ocorrem mudanças claras e significativas, mas na adolescência estas são importantes e fundamentais no pensamento ao nível das funções intelectuais básicas e de nível superior, da organização e de conteúdo (Slater & Bremner, 2005).
A adolescência é a transição entre a infância e a idade adulta, que vai dos 11 aos 20 anos, que implica grandes mudanças interrelacionadas ao nível físico, cognitivo e psicossocial. O crescimento físico é rápido e profundo, é alcançada a maturidade reprodutiva (marcador mais relevante desta fase) – à luz da teoria social, a sexualidade é culturalmente esperada, relacionalmente possível e individualmente significativa e são estas as reacções fisiológicas, mediadas por processos internos e desencadeadas por condições de estimulação externas que sustentam a modulação e a activação sexual (Vala & Monteiro, 2002). Aumentam os riscos principais de saúde (perturbações alimentares, consumo de drogas, doenças sexualmente transmissíveis). O desenvolvimento da capacidade de pensar de forma abstracta e de utilizar o raciocínio científico, se bem que o pensamento imaturo persiste em algumas atitudes e comportamentos, a escolaridade está centrada na preparação para a universidade ou uma profissão, a procura da identidade, incluindo a sexual, torna-se central. O relacionamento com as figuras vinculativas é, de forma geral, adequado. Por fim, o grupo de pares apoia o desenvolvimento e o testar do auto-conceito, mas pode igualmente exercer uma influência anti-social. Todos estes factores afectam o desenvolvimento do sentido de self (Papalia, Olds & Feldman, 2001). Assim, esta é uma altura em que habitualmente se podem produzir repetições ou rearranjos de fragilidades ou distorções anteriores (Strecht, 2002).
Depois desta breve resenha, poderia levantar muitas questões, mas vou levantar duas apenas:
1) é justo castrar os jovens de todo este desenvolvimento submetendo-os a treinos tão intensos e a horas impróprias?
2) darão estes jovens atletas de elite se forem à escola impedindo-os de treinar afincadamente, longe de estímulos distractores?
Bem hajam e Boas Férias.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Dirigentes e treinadores não sabem o que é a psicologia desportiva

Li, hoje, esta notícia, acerca da presença de um psicólogo em equipas técnicas:

Ao contrário de outros países com ambições desportivas, Portugal não tem apostado na área da Psicologia Desportiva. “É uma característica negativa que nos distingue, não temos estrutura estatal nem apoio formal»”, considera o Prof. Sidónio Serpa.
Nos Jogos Olímpicos de Pequim havia psicólogos em quase todas as equipas olímpicas.
"Só os chineses tinham 25 psicólogos. Das 51 medalhas que obtiveram, 47 tiveram a intervenção destes profissionais", diz.
"Mesmo países mais pequenos que Portugal, como a Islândia ou o Chipre - assinala - levaram um psicólogo”, refere ainda o supracitado.
Esta “tendência actual dos países integrarem os aspectos psicológicos não está formalizada em Portugal”, considera. “Não temos estrutura estatal nem apoio formal neste âmbito”, acrescenta, lembrando que o trabalho da unidade de Psicologia do Centro de Alto Rendimento do Jamor, da qual fazia parte, foi interrompido o ano passado.
Para o psicólogo isto deve-se ao desconhecimento que existe sobre a área. “Os dirigentes e os treinadores não sabem o que é a psicologia desportiva. Ainda existe a ideia de que é para quem tem problemas psicológicos. Mas isto não é psicologia clínica, nem eu sou psicólogo clínico. A tarefa de um psicólogo do desporto é conhecer os pontos fortes e fracos do atleta e assim orientá-lo para que este desempenhe melhor o seu papel e tenha um maior rendimento”.
Em vez dos “responsáveis se informarem acerca desta área, ignoram-na”, conclui.

Sidónio Serpa faz trabalho prático com atletas de alta competição e é também professor responsável pela área de psicologia do desporto tanto a nível de licenciatura, como pós-graduação e mestrado na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. Como investigador, trabalha sobre os diversos aspectos da psicologia de alto rendimento, como as relações entre treinador e atleta. É o primeiro português presidente da Sociedade Internacional de Psicologia do Desporto.

Parabéns, Professor, pela distinção de "Prémio Internacional de Psicologia do Desporto", e por se ter tornado no primeiro português a ser distinguido pela «Association for Applied Sport Psychology».
In Ciência Hoje, disponível online em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=33171&op=all

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Frustração no desporto de formação

Depois de ter organizado um Seminário acerca de várias valências da psicologia em contexto desportivo que, apesar do sucesso, podia ter corrido ainda melhor (se tivessem comparecido todos aqueles que se inscreveram...), volto, para falar de desporto.
Numa conversa com um nome proeminente no desporto nacional, especificamente no futebol de formação, gostaria de partilhar um tema: frustração em crianças/adolescentes no desporto de formação.
Uma criança é contratada (palavra forte, bem sei) e faz toda a formação (dos 10 aos 19 anos) num clube de prestígio. Grandes perspectivas, grande futuro, grande auto-estima, mas... e agora?
Vai jogar para um clube da 3ª divisão nacional, a ganhar pouco mais de 500€/mês.
Deixa de ter o mediatismo/condições de outrora.
Valeu a pena viver tantos anos de esperanças e expectativas elevadas?
Há quem ache desumano... exploração infantil: "ai, tadinho do menino, está longe da família, treina de manhã, de tarde... não tem amigos, não brinca... exigem tanto dele..."
As questões que levanto são: o percurso escolar de uma criança normal não é igual? E se não entra em medicina? E os sonhos da criança/adolescente? E o sonho dos pais, que até pagaram aquele externato caríssimo, que quase obrigava obter uma média de 19,5?
Porque odeiam tantas pessoas o desporto? Especialmente o futebol...

terça-feira, 14 de abril de 2009

I SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA EM CONTEXTO DESPORTIVO: DA EDUCAÇÃO À SAÚDE

Em actualização!

X JORNADAS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE PSICOLOGIA DO DESPORTO

V JORNADAS CIENTÍFICAS DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DO DESPORTO

X JORNADAS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE PSICOLOGIA DO DESPORTO

17 e 18 de Abril de 2009

ALFÂNDEGA DO PORTO, Portugal

ACTIVIDADE DESPORTIVA, SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR PSICOLÓGICO


PROGRAMA

17 DE ABRIL

09,00 h - Recepção dos participantes

09,30 h - Sessão de abertura

10,00 h - Conferência:

“Aspectos culturais e o desporto de rendimento” Prof. Doutora Regina Brandão (Universidade São Judas Tadeu, São Paulo-Brasil)

Presidente da Mesa: Prof. Doutora Graça Guedes (Directora Departamento de Ciências do Desporto - ISCS-N)

11,00 h - Intervalo

11,30 h - Comunicações livres

Moderador: Prof. Doutor Duarte Araújo - Vice-Presidente da SPPD

13,00 h - Intervalo para almoço

15,00 h - Conferência:

“Actividade Física, comportamentos sedentários e obesidade” Prof. Doutor Jorge Mota (Professor Catedrático da Faculdade de Desporto-UP)

Presidente de mesa: Doutora Isilda Dias (Prof. Auxiliar do ISCS-N)

16,00 h - Intervalo

16,30 h - Sessão de Posters

Coordenação: . Doutor Pedro Sarmento (Professor Catedrático do ISCS-N)

17,00 h - Painel: A IMPORTÂNCIA DOS FACTORES PSICOLÓGICOS NA PERFORMANCE DESPORTIVA E NO BEM-ESTAR DOS ATLETAS

Moderador: Prof. Doutor Paula Brito (Professor Catedrático Aposentado FMH-UTL)

18,30 h - Encerramento

18 de Abril

09,00 h - Abertura do secretariado

09,30 h - Conferência:

“Aplicación de las técnicas motivacionales en el deporte”

Prof. Doutor Enrique Cantón (Prof. Titular, Universidade de Valência, Espanha)

Presidente da Mesa: Prof. Doutor José Alves (Presidente da SPPD)

10,30 h - Intervalo

11,00 h - Comunicações livres

Moderador: Prof. Doutor António Fonseca (Professor Catedrático da Faculdade de Desporto-UP)

12,30 h - Intervalo para almoço

14,30 h - Conferência:

“Exercício físico e preditores psicossociais do controlo do peso”.

Prof. Doutor Pedro Teixeira - FMH, Portugal

Presidente da Mesa: Prof. Doutor Sidónio Serpa (Past Presidente da SPPD)

15,30 h - Intervalo

16,00 h - Comunicações livres

Moderador: Prof. Doutor Vasconcelos Raposo (Professor Catedrático da UTAD)

17,30 h - Sessão de encerramento

terça-feira, 10 de março de 2009

Seminário Psicologia Desporto, 28.03.2009

SEMINÁRIO PSICOLOGIA (28 de Março de 2009)

Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra

"A importância da psicologia em contexto desportivo"

Da Formação à Alta competição - A intervenção do psicólogo

Introdução
A Psicologia do Desporto é reconhecidamente uma das áreas de intervenção que pode potenciar o rendimento de todos os intervenientes no fenómeno desportivo. Assim, a Psicologia de Desporto é importante para perceber como os factores psicológicos afectam o rendimento dos atletas e compreender como o exercício e a participação desportiva afectam o desenvolvimento, a saúde e o bem-estar psicológico dos indivíduos. Os treinos são diários e desgastantes, viagens, jogos, vitórias, derrotas, e os aspectos relacionais, fazem parte do quotidiano dos atletas. Cabe não só ao psicólogo, mas também a outros agentes desportivos (treinadores, dirigentes, árbitros) alcançar um objectivo comum: o bem-estar e o sucesso desportivo dos atletas. Ajudando os atletas a conhecer e melhorar as suas capacidades, pode proporcionar-lhes melhores condições para lidar com as exigências, expectativas, competitividade, derrotas e vitórias que vão surgindo ao longo do seu percurso desportivo.

O seminário "A importância da psicologia no contexto desportivo/A intervenção do psicólogo" pretende desenvolver nos profissionais do desporto, a melhoria das suas competências no domínio da psicologia aplicada ao contexto desportivo. Neste contexto os prelectores e temas a abordar serão:

Prof. Doutor Jorge Silvério (U.Minho) - Treino mental e competências psicológicas
Dr. Ângelo Santos (FCP) - Influências e pressões sociais
Dr. Pedro Teques (APEF) - Psicologia e formação no futebol
Mestre José Neto (Ismai) - Lesões, treino, futebol - do psicológico ao integralmente humano
Mestre Pedro Almeida (ISPA/SLB) - Grupo: desenvolvimento de equipas no futebol
Prof. Doutor Joaquim Dosil (U.Vigo) - Rendimento Desportivo (Ansiedade, humor, motivação)
Prof. Doutor Eduardo Santos (FPCEUC) - Qualidade de vida no atleta de alta competição
Coordenador Científico/Pedagógico: Prof. Doutor Jorge Silvério

Organização/Secretariado/Informações
Associação Académica Coimbra -OAF
Academia Dolce Vita
Estrada Nacional 111-1
Campos do Bolão
3025-300 Coimbra Tel. 239 793 890
Telemóvel: 912 514 299 e 912 514 322
Fax: 239 793 892

E-mail: futebol.formacao@academica-oaf.pt

Comissão Organizadora
Departamento de Formação AAC-OAF: Pedro Roma (Director Geral), Ana Moisão, Sónia Costa.

Local da Acção e Destinatários
Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra;
O Seminário destina-se a: Treinadores, árbitros, atletas, licenciados e estudantes de psicologia e desporto bem como público em geral.

Inscrição tem direito a:
Assistir às Sessões Científicas, Pasta, Documentação, Certificado e Recibo.

Preços por pessoa:
Participantes
Até 15 de Março de 2009 - 25 €
Após 15 de Março de 2009 - 35 €
Estudantes e sócios AAC/OAF
Até 15 de Março de 2009 - 15 €
Após 15 de Março de 2009 - 25€

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Psicologia em Contexto de Desporto

Primeiro de tudo gostava de referir que não acredito na denominação de "Psicologia do Desporto". Acho que é redutor! É psicologia pois claro, mas adequada ao contexto desportivo. Essa "Psicologia do Desporto" tão quantificada por testes e observações, quase arrisco dizer que qualquer pessoa a pode fazer... mas e a clínica? A intervenção psicológica?

Pois... o que me leva a fazer algumas perguntas: uma pessoa com um curso de Educação Física e um Mestrado em Psicologia do Desporto é Psicólogo do Desporto? Pode dar consultas? Que competências tem? Pode um Psicólogo dar consultas em contexto desportivo sem um suporte académico na área do Desporto?

Mas o que me propus foi a descrever o papel de um psicólogo numa equipa desportiva:
1. Não é o treinador!
2. Não é o treinador adjunto!
3. Não é o preparador físico!
4. Não é o massagista!
5. É o preparador mental ou consultor - não apenas dos atletas mas também dos técnicos. O Psicólogo não toma decisões! Apenas ajuda os intervenientes a controlar o maior número de variáveis possível para que a decisão seja a mais ponderada e adequada!

Qualquer clube europeu de divisões inferiores (ou qualquer equipa de elite ou um atleta olímpico) treina os índices físicos e mentais. Desta forma a equipa multidisciplinar tem de estar em sintonia! São dois trabalhos que se complementam! Um treinador tecnicamente perfeito não tem de se preocupar com os aspectos mentais. O Psicólogo não tem de se preocupar com os aspectos técnico-tácticos, mas apenas que esses sejam bem efectuados (a nível do empenho, motivação, concentração, etc.) pelo atleta.

Saudações!